Festival Folclórico de Maraã surpreende visitantes
e o título fica com o Boto Vermelho
O município de Maraã, a 632 km de Manaus situada às margens do Rio Japurá, tem sua população estimada em pouco mais de 17.000 habitantes, dados oficiais da Secretaria de Planejamento do Estado, ano de 2000. Seu cotidiano não se diferencia muito do das demais pequenas cidades ribeirinhas do interior do estado. Como a maioria das cidades ribeirinhas amazônicas, vive da pesca e da agricultura de subsistência, depende diretamente da folha de pagamento do estado e do município.
Mas é no seu recém criado Festival Folclórico que Maraã vem chamando a atenção. A festa do Boto, como muitos a intitulam, lembra nas batucadas, ritmos e danças os bumbás de Fonte Boa e Parintins. Mas na arena ao invés do boi, é o boto que entra em cena. E são nas cores Lilás e Branco e Vermelho e Branco que as torcidas reverenciam seus botos, representados pelas cores, respectivamente o Boto Tucuxi e o Boto Vermelho.
Na apresentação cada boto tem, no mínimo, duas horas e meia e, no máximo, três horas para exibir suas apresentações. Com o tema “Amazônia Pátria Verde”, o Boto Vermelho foi o grande vencedor. Exibindo uma Amazônia como um império de magia, mistérios e beleza, cobiçada por várias nações do mundo como fonte de riqueza e que os amazônidas devem defendê-la e preservá-la para as próximas gerações, como forma de garantir a vida, o Boto Vermelho ganhou a simpatia dos jurados e garantiu o empate em vitórias, já que o Boto Tucuxi foi o vencedor no ano de lançamento do festival.
O Festival Folclórico de Maraã surpreendeu os jurados, vindos do Centro de Estudos Superiores de Tefé – CEST/UEA, que não tinham noção da magnitude e do nível do festival. A dimensão da estrutura do espaço onde se apresentam os botos, bem como a logística do festival foram motivos de admiração por outros visitantes.
Apesar do curto período em que se deu o início (segundo ano) da Festa do Boto, é visível a rivalidade entre os torcedores do Boto Tucuxi e do Boto Vermelho. Isso se percebe em cada esquina da cidade durante a movimentação que antecede as apresentações e, sobretudo, durante a apuração dos resultados.
Todavia, é importante que a sociedade maraense se conscientize de que os visitantes não vão à cidade torcer por um ou outro boto, mas para conhecer o festival e se divertir, isso inclui visitar os QG’s, usar artefatos de ambos os botos ou escolher um que mais simpatize para torcer. É relevante que a rivalidade das torcidas não seja convertida em atitudes que possam gerar desconfortos tanto para sociedade local quanto para os visitantes.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
nossa deve ser o maximo a festa mim fala q linda : vou um ano ver como e:
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